Pacientes do Martagão Gesteira receberam, nesta quarta-feira, 20, data em que se celebra o Dia do Amigo, brinquedos doados pelo Instituto Antônio Carlos Magalhães. A ação contemplou crianças internadas na Unidade de Treinamento para Desospitalização (UTD), setor de internamentos de longa duração que treina mães e pais para cuidar, em casa, de seus filhos, portadores de doenças crônicas e que dependem de tecnologias para sobreviver.
A diretora executiva do Instituto ACM, Cláudia Vaz, contou que os brinquedos são bonecas de pano feitas à mão por 27 voluntárias. A ação faz parte do projeto “À flor da pele”, uma iniciativa paulista que, em Salvador, foi implementada pelo Instituto.
(Fotos: Paula Fróes)
“É um projeto de amor, de alegria e de esperança. A gente implantou ele na sede do instituto e em duas comunidades que estão apoiando: a Casa Pia dos Órfãos de São Joaquim e a comunidade do Jardim Nova Esperança através do Instituto São Francisco Xavier. As bonecas são bordadas por mais de fadas bordadeiras, com muito amor e carinho”, ressaltou. Na ocasião, houve, ainda, contação de histórias para os pacientes do setor de oncologia feita por uma palhaça.
A Presidente de Honra da Liga Álvaro Bahia, Rosina Bahia, agradeceu, em nome da equipe da Hospital, pela parceria. “Essa ação no Dia do Amigo é uma demonstração de fraternidade do Instituto ACM para com a nossa instituição. Esse é um hospital 100% SUS e, como nós sabemos, há muitas dificuldades para a manutenção de uma instituição como essa. O que recebemos consegue pagar 60% dos serviços que realizamos e os outros 40% conseguimos através de doação, solidariedade e fraternidade das pessoas. Então, nesse dia vocês estão trazendo alegria para as nossas crianças. Estamos muito agradecidos”, afirmou.
A psicóloga e integrante do grupo de humanização do Martagão, Laís Damasceno, explicou que os efeitos de ações como essa são percebidos também no prontuário dos pacientes. “As ações lúdicas dentro do hospital são mais do que meros recursos de distração. São recursos terapêuticos que auxiliam no processo de recuperação do paciente. Quando a criança entra no hospital, esse lúdico vai facilitar a adaptação no ambiente hospitalar, que é ameaçador, desconhecido e no qual ele vai ser submetido a diversos procedimentos, e vai auxiliar também no processo de recuperação”, ressaltou.
A dona de casa Adriana Oliveira, 37 anos, acompanha a filha, Isis, 9, que está internada na UTD. Ela foi surpreendida com a ação. “Fiquei muito feliz, porque é mais que um brinquedo, é um ato de acolhimento. É uma ação muito importante. A gente enfrenta uma luta todos os dias e a sensação é de que somos invisíveis. Então, uma ação como essa faz bem, sentimos que estamos sendo lembradas por alguém”, disse.