06.07.22

Novo equipamento laboratorial amplia segurança dos procedimentos de alta complexidade

Novo equipamento laboratorial amplia segurança dos procedimentos de alta complexidade

O Martagão Gesteira passou a contar com um importante equipamento que ajudará o Hospital na realização de cirurgias de alta complexidade como os transplantes hepáticos e as cardíacas. Ele possibilita verificar se o procedimento realizado está ou não sendo efetivo, além de avaliar se o paciente está com risco de hemorragia ou apresenta síntese de trombos que possam acarretar uma vaso-oclusão.

Chamado de tromboelastograma, o aparelho avalia o sangue do paciente e fornece informações indispensáveis sobre o seu quadro clínico, o que ajuda na tomada de decisões durante o procedimento cirúrgico, medidas estas que acarretam em redução  do uso de hemoderivados, (o que diminui riscos de reações transfusionais) e diminui o tempo de cirurgia.

O coordenador de laboratório do Hospital, Márlon Rodrigues, explica que o equipamento representa um ganho significativo para a Instituição e será um ganho futuramente para outras cirurgias também.

Rodrigues destaca que se trata de um analisador da coagulação em tempo real. Por meio de um movimento de torção, consegue medir as propriedades do processo de hemostasia, ou seja, “o status do organismo em relação a sua capacidade de formar (ou não) um trombo (coágulo), geralmente com o intuito de avaliar causas de sangramento, mas permite avaliar situações de trombose”.

“Ele aprimora o monitoramento de pacientes cirúrgicos, em destaque o transplante hepático e as cirurgias cardíacas, pois fornece dados mais exatos sobre as necessidades dos pacientes em relação ao uso de sangue e os hemoderivados em geral, favorecendo um uso mais racional e apropriado, diminuindo riscos aos pacientes, e favorece um melhor prognóstico”, ressalta o coordenador.

Os testes de coagulação usuais, acrescenta Rodrigues, fornecem informações restritas de partes do processo, além de mascarar algumas deficiências do mesmo. “O principal impacto positivo esperado é de que as reservas cirúrgicas de hemocomponentes sejam mais bem definidas e, pensando no contexto do SUS, racionalizar o uso de hemoderivados é essencial, já que é notório a escassez desses produtos na rede. Outro impacto a ser observado é a possibilidade de terapêutica de anticoagulação mais precisa, reduzindo complicações trombóticas sem sangramentos inapropriados”, frisa.