O principal desafio é a defasagem histórica dos valores repassados pelo SUS. Desde 1994, a tabela de procedimentos do SUS não é corrigida pela inflação. Durante esse período, os reajustes somaram apenas 94%, enquanto o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acumulou um aumento de 636%, a Confederação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos do Brasil (CMB).
No Hospital Martagão Gesteira, o déficit operacional no atendimento ao SUS vem crescendo progressivamente. Antes da pandemia, o déficit era de cerca de R$ 6 milhões ao ano. Em 2024, esse valor saltou para R$ 15 milhões e, em 2025, a previsão é que ultrapasse R$ 21 milhões. Atualmente, o repasse do SUS cobre apenas 75% dos custos, e os 25% restantes precisam ser complementados por doações, projetos e emendas. O apoio da sociedade é essencial para enfrentar esse desafio e garantir a continuidade do atendimento às crianças da Bahia.