Os olhares eram de expectativa. Parte das crianças iria andar pela primeira vez no Metrô de Salvador. Após as instruções das seguranças, os pequenos e pequenas mal podiam esperar. Quando o trem se aproximou, as palmas já demonstravam a animação. As portas se abriram e, dentro do vagão decorado, havia princesa, príncipe, urso, balões. Era o “Metrô encantado”, uma ação do Mês da Criança do Martagão, feito em parceria com a CCR Metrô Bahia.
As cerca de 15 crianças que participaram da ação saíram de sua rotina de internamento no Martagão para cantar e dançar ao som de músicas do repertório infantil. Acompanhados por pais e mães, eles foram da Estação Retiro até a Estação da Lapa, num passeio lúdico e animado.
O pequeno Lucas, de 8 anos, contava, com os olhinhos brilhando, que a alta dele estava programada para ocorrer justamente no Dia das Crianças. Após um mês de internamento, a promessa era de ganhar uma bicicleta ao chegar em casa.
Aniversariante do dia 10 de outubro – um dia antes do passeio no Metrô -, Klayton, 11 anos, disse que o melhor presente foi andar no modal pela primeira vez. Ele, que é do município de Luís Eduardo Magalhães, está internado há um mês.
Durante todo o percurso, ele não perdeu a alegria. Da Estação da Lapa, todo mundo voltou para o Acesso Norte, onde a criançada pode conhecer Bibliometrô. Lá, eles ganharam presentes e fizeram um delicioso lanche, junto a príncipes e princesas e personagens animados do desenho Marsha e o Urso. A felicidade de Vinícius, de 7 anos, estava estampada no rosto. “O Martagão Gesteira é uma festa todo dia”, disse.
A ação contou com a participação do ator Gabriel Tavares e de sua trupe que, fantasiados, levaram alegria para os participantes. “É uma satisfação muito grande poder fazer parte desta ação”, afirmou Tavares.
A coordenadora do serviço de Nutrição do Martagão e membro da comissão de humanização, Aline Ramalho, acompanhou o passeio e ressaltou a importância de ações como esta que, além de chamar a sociedade para a causa da Saúde da Criança e ajudar o Martagão a atender os mais de 80 mil pacientes por ano, servem como um poderoso auxílio no tratamento das crianças.
“Ações como esta retiram o paciente do ambiente hospitalar, que é algo que nós sabemos que tem impactos no emocional da criança e dos seus familiares. Eles passam por ansiedades do diagnóstico e tratamento, além da mudança de rotina e afastamento do convívio social devido à necessidade do internamento hospitalar. Nesse sentido, as atividades lúdicas proporcionam um espaço de alegria e renovação, o que estimula uma melhor adesão ao tratamento e minimiza estes impactos”, frisou Aline.
Até o dia 31 de outubro, a programação do Mês da Criança está recheada de ações e atividades culturais.