19.11.21

Martagão tem três trabalhos selecionados para congresso nacional de pediatria

Martagão tem três trabalhos selecionados para congresso nacional de pediatria

O Hospital Martagão Gesteira teve três trabalhos selecionados para o Congresso Brasileiro Digital de Atualização em Pediatria (Conbraped). Importante evento que reúne especialistas de todo o país, o congresso, realizado em setembro deste ano, teve como objetivo promover a qualificação aos profissionais nas áreas de Cardiologia pediátrica, Neurologia pediátrica, Neonatologia, Endocrinologia pediátrica, dentre outras.

A diretora do Instituto de Ensino da Saúde e Gestão (IESG), Jandrice Carrasco, ressalta que a atualização constante e o aprimoramento técnico e científico fazem parte da trajetória da Liga Álvaro Bahia Contra a Mortalidade Infantil, entidade mantenedora do Martagão.

“O Hospital Martagão Gesteira está sempre inovando e buscando o crescimento constante. A equipe científica tem participado de palestras e eventos consolidando o nosso papel institucional de hospital escola de alta complexidade. Nos últimos meses, a pesquisa do Martagão tem crescido muito e estamos com vários artigos e trabalhos aprovados em congressos nacionais e internacionais”, afirma Jandrice.

Um dos trabalhos selecionados no congresso foi: “Relato de experiência: revisão do protocolo de identificação do paciente em um hospital filantrópico pediátrico”. A enfermeira do Núcleo de Segurança do Paciente Mábia Neves conta que a unidade está no processo de revisão dos protocolos.

No artigo, ela, que é uma das autoras, mostrou que o protocolo de identificação do paciente perpassa por toda a instituição. Nesse sentido, é preciso que o paciente seja reconhecido em diversas instâncias do hospital, evitando, assim, possíveis riscos. “Na revisão, percebemos a necessidade de incluir a equipe multidisciplinar, além da enfermagem, no processo de identificação do paciente, pois a segurança dele é uma ação de muitas mãos”.

No segundo trabalho, que abordou a Navegação de pacientes pré e pós-transplantados, o intuito foi facilitar a comunicação entre responsável e equipe, por meio troca de mensagens pelo aplicativo do WhatsApp, para inspecionar o paciente. “O aplicativo permitiu uma comunicação rápida e efetiva. Através da inspeção das imagens postadas, foram identificados dois pacientes que apresentavam sinais clínicos que necessitaram de orientações imediatas e acompanhamento com a equipe”, conta o enfermeiro Reinan Santos.

Para ele, o uso do aplicativo se configurou como um instrumento para intervenção de enfermagem. “Permitiu a continuidade da assistência de maneira simples, facilitando a comunicação e compreensão do responsável/cuidador, estimulando o protagonismo da família no processo de saúde/doença/cuidado, preservando o bem-estar e a segurança do paciente”.

Os dois primeiros trabalhos foram assinados também por Joicy Rocha e Paloma Assunção. “Fomos convidados para publicar os artigos na revista internacional Brazilian Journal of Health Review”, ressalta Mábia.

Adolescência – A psicóloga Lorena Sena, uma das autoras do terceiro trabalho contemplado, explica que o artigo versou sobre o “Projeto AdoleSer”. A ação, criada em novembro de 2020, surgiu a partir da observação que os adolescentes hospitalizados da oncopediatria se depararam com a escassez de atividades recreativas, estimuladoras, socializadoras e terapêuticas, que favorecem seu desenvolvimento integral e a adaptação e enfrentamento à situação vivenciada.

“O “AdoleSer” foi construído a  partir de uma ação, por iniciativa do serviço de psicologia, visando desenvolver uma campanha para doação de recursos lúdicos adequados à fase de desenvolvimento e o contexto de vida característico da adolescência, como jogos estimulantes, desafiadores, de autossuperação, inteligência, jogos relacionais, além de recursos lúdicos eletrônicos”, destaca Lorena, que assinou o artigo com mais quatro psicólogas: Dielma Soares, Jéssica Coutinho,  Isabelle Fiscina e Laís Damasceno .

Com o projeto, acrescenta Lorena, foi possível realizar a aquisição de recursos lúdicos e terapêuticos condizentes com as necessidades de interação e de ludicidade dos adolescentes. “As intervenções realizadas possibilitaram também a personalização do atendimento, favorecendo a produção de subjetividade, a adaptação dos pacientes ao processo de hospitalização, bem como a minimização dos efeitos adversos do internamento, promovendo o cuidado integral e humanizado deles. O projeto permitiu o rompimento do paradigma do hospital como um espaço de dor e sofrimento, possibilitando potencialidades neste espaço”, finaliza.