Primeiro transplante pediátrico de medula óssea da Bahia, atráves do SUS, é realizado pelo Martagão
Há um ano, a família da pequena Isabela Cerqueira se deparou, após a menina sentir fortes dores no braço, com um diagnóstico que assustou os pais: neuroblastoma, um tipo de câncer raro que estava no nível 4, o mais avançado. Diante do quadro, ela, que tem apenas quatro anos, precisava de um transplante de medula óssea.
O problema era que, abaixo dos 14 anos, esse tipo de procedimento não era feito na rede pública do estado. No entanto, essa realidade foi modificada quando o Hospital Martagão Gesteira, referência em pediatria, passou a realizar o procedimento para crianças e jovens de 0 a 18 anos pelo SUS. Isabela foi a primeira paciente do novo serviço, que passa a ser ofertado para a população baiana.
No estado, o transplante de medula óssea (TMO) já era realizado por outras unidades de saúde, mas só em casos a partir dos 14 anos. Antes, para realizar o procedimento, era preciso se deslocar para outros estados, o que gerava diversos problemas para as famílias, como gastos extras e distanciamento dos familiares.
No entanto, a pequena Isabela, que mora em Serrinha com os pais e duas irmãs, não precisou mudar de estado. Ela recebeu alta em outubro, com bom estado de saúde.
Para o presidente da Liga Álvaro Bahia Contra a Mortalidade Infantil (entidade mantenedora do Martagão), Carlos Emanuel Melo, o transplante é um “marco histórico” por vários motivos.
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